Minha Vida dos Sonhos

Blindar a mente: o treino que ninguém te ensinou pra lidar com fracasso

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Tempo de leitura: 4 minutos.
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Se tem uma coisa que a vida sabe fazer bem, é testar a nossa paciência com classe. Eu não tô falando daquele tropeço bobo que você dá na escada e finge que foi coreografia. Tô falando do fracasso real — aquele que arranca sua motivação pela raiz, te faz questionar sua existência e, se deixar, te convence de que você nunca deveria ter tentado.

Lidar com fracasso não é só uma habilidade. É um treino mental que, curiosamente, ninguém ensina. Na escola te preparam pra fazer provas, decorar fórmulas, resolver equações. Mas não te ensinam o que fazer quando você fracassa… e tudo dentro de você quer desistir.

A cultura da performance e o medo de errar

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Vivemos em uma era onde tudo precisa parecer perfeito. O feed é editado, os sorrisos são filtrados e os bastidores são enterrados no porão. Errar virou um pecado capital. E quando o erro acontece — porque sim, ele vai acontecer — a gente sente que tá quebrando algum contrato invisível com o mundo.

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Lidar com fracasso fica ainda mais difícil quando você acredita que ele te desqualifica como ser humano. Como se um tropeço fosse o atestado de que você é incompetente, burro, incapaz. E nem vamos começar a falar da pressão social: aquele primo que “deu certo”, a comparação silenciosa no grupo do WhatsApp, o algoritmo do Instagram te mostrando gente rica, sarada e bem-sucedida com 22 anos.

Mas a verdade nua e crua? Só erra quem tenta. O resto só assiste.

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O impacto do fracasso na mente (e por que você se sabota depois dele)

A real é que o fracasso mexe com a gente num nível profundo. Ele ativa áreas do cérebro ligadas ao medo, à dor e à rejeição social. O cérebro processa o fracasso como uma ameaça real, o que explica aquele pânico paralisante que bate quando tudo dá errado.

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E aí começa a auto-sabotagem. A mente cria um loop de pensamentos: “eu não sou bom o suficiente”, “isso nunca vai dar certo pra mim”, “eu devia ter ficado na minha”. Essa trilha sonora interna é o que te impede de se levantar. A cada tombo, ela toca mais alto.

A questão é que o fracasso, quando não compreendido, vira um vírus mental. Ele contamina sua identidade. Em vez de dizer “isso não deu certo”, você começa a dizer “eu sou um fracasso”. E aí, meu amigo, é ladeira abaixo.

A armadilha do “fracassei = sou um fracasso”

Essa é clássica: você confunde o evento com a identidade. Fracassar não te define. É só um dado da equação. Mas a gente internaliza como se fosse a sentença final: “se eu falhei, é porque eu sou o problema”.

Agora respira e me acompanha nessa analogia: se um avião sofre turbulência, ele é um avião ruim? Claro que não. É só o céu avisando que o trajeto vai ser mais agitado. Mas o avião segue. Você não pula pela janela no meio do caminho.

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Então por que, ao primeiro sinal de falha, você quer abandonar o projeto, o sonho, a ideia? O erro não diz nada sobre quem você é. Ele só mostra que você tá em movimento — e que talvez precise ajustar a rota.

O treino mental que ninguém te ensinou pra lidar com fracasso

A boa notícia: lidar com fracasso pode ser treinado. Assim como músculos, resiliência também se fortalece com prática. A má notícia? Não tem atalho bonitinho. Mas tem caminho.

Aqui vai o treino que eu sigo quando tudo dá errado (e olha… não é raro):

Rotina de blindagem mental:

  1. Escreva o que deu errado. Cru, sem drama.
    Exemplo: “Apresentei mal. Não preparei com antecedência. Não ensaiei.”
  2. Reescreva como aprendizado.
    “Da próxima vez, começo a preparar com 3 dias de antecedência e treino no espelho.”
  3. Exposição controlada ao erro.
    Se permita errar em coisas pequenas, mas frequentes. Errar vira rotina, não trauma.
  4. Reformule o diálogo interno.
    Troque “eu sou péssimo nisso” por “ainda estou aprendendo”.
  5. Foque no que você controla.
    Resultado não é 100% previsível. Mas o esforço, sim.

É desconfortável no começo. Mas com o tempo, você passa a reagir com mais lógica e menos drama. Você entende que fracassar não é cair. É treinar pra levantar mais rápido.

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Fracassar em público: e agora?

Ah, o charme do fracasso com plateia. Quando além de dar errado, todo mundo viu. Essa é o modo hard do jogo. É aqui que entra o medo de julgamento, do cancelamento moral imaginário que a gente projeta na cabeça dos outros.

Mas aqui vai um lembrete reconfortante: as pessoas estão ocupadas demais com os próprios fracassos pra lembrar dos seus. E mesmo que lembrem, tudo bem. O que te torna admirável não é acertar sempre. É mostrar coragem quando todo mundo esperava que você sumisse.

Quer blindar sua mente pra isso?

  • Respira. Literalmente. Oxigena o cérebro antes de reagir.
  • Reestrutura: “o que posso fazer agora pra corrigir ou aprender?”
  • Recomeça. Com humildade, sim. Mas também com uma pitada de ousadia.

No vídeo a seguir, o psicólogo Marcos Lacerda traz algumas reflexões interessantes sobre como lidar com o fracasso:

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Conclusão – O fracasso como parte do treino e não como castigo

Ninguém sai ileso da vida. Todo mundo vai fracassar — em público ou em silêncio, com plateia ou no escuro do quarto. A diferença está em quem treinou a mente pra lidar com fracasso… e quem congelou depois da primeira queda.

No fim das contas, o fracasso é só um capítulo do seu livro. Chato, talvez. Mas essencial. E se você encarar como parte do treino, vai perceber que cada tombo te prepara pra um salto maior.

Porque, no jogo da vida, não ganha quem nunca erra. Ganha quem erra, aprende, ajusta… e continua jogando.

Foto de Caio Bittencourt

Caio Bittencourt

Caio Bittencourt comanda o Minha Vida dos Sonhos, um blog para quem quer adquirir a mentalidade necessária para adquirir riqueza e alcançar uma vida dos sonhos. Quando não está escrevendo, está fazendo música ou desenvolvendo novos negócios para viver melhor (e com menos dor de cabeça)

Caio Bittencourt / Minha Vida dos Sonhos

Caio Bittencourt

Caio Bittencourt comanda o Minha Vida dos Sonhos, um blog para quem quer adquirir a mentalidade necessária para adquirir riqueza e alcançar uma vida dos sonhos. Quando não está escrevendo, está fazendo música ou desenvolvendo novos negócios para viver melhor (e com menos dor de cabeça)

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