Minha Vida dos Sonhos

Por que você diz ‘isso não é pra mim’ e como isso está te sabotando

isso não é pra mim - minha vida dos sonhos - mvds
Tempo de leitura: 3 minutos.
PUBLICIDADE

Você já se pegou olhando para uma oportunidade e, quase que automaticamente, pensou: “isso não é pra mim”? Pode ter sido diante de um novo cargo, um investimento, uma chance de mudar de cidade — ou até algo bobo, como dançar em público. Pois é. A mente adora bancar o oráculo. Só que, na maioria das vezes, ela está se baseando mais em medo do que em fatos.

Eu mesmo já caí nessa armadilha. Anos atrás, recusei um convite para liderar um projeto em meu antigo emprego porque pensei que “não era meu perfil”. Tradução: eu estava morrendo de medo de não dar conta e preferi dizer a mim mesmo que aquele tipo de coisa não era pra mim. Resultado? Fiquei parado no mesmo lugar enquanto outros, menos preparados, avançavam.

De onde vem esse pensamento?

A frase “isso não é pra mim” raramente nasce do nada. Ela é filha de crenças limitantes, daquelas que vão sendo costuradas na infância, reforçadas na adolescência e promovidas à verdade absoluta na vida adulta. Muitas vezes, tudo começou com um simples “você não leva jeito pra isso” dito por alguém que nem pensou duas vezes.

PUBLICIDADE

Essa voz interna é um mecanismo de proteção. A mente prefere que você não tente do que tente e falhe. Porque falhar dói. E a mente quer te poupar de dor — mesmo que, pra isso, te mantenha preso em uma vida que não te empolga.

Pense nela como um alarme de incêndio sensível demais. Ele dispara não só quando tem fogo… mas quando alguém queimou a pipoca.

Leia também:

O problema não é a realidade. É a lente.

isso nao é pra mim - minha vida dos sonhos - mvds

Quando você pensa “isso não é pra mim”, você não está descrevendo o mundo. Está descrevendo a si mesmo — ou melhor, a imagem que tem de si. Isso tem mais a ver com identidade do que com capacidade.

PUBLICIDADE

Pessoas que têm uma identidade fixa acreditam que nasceram com um conjunto imutável de talentos e limitações. Já quem enxerga a identidade como algo em construção entende que pode aprender, evoluir e se transformar com o tempo.

Um amigo meu, por exemplo, sempre dizia que “não era bom com números”. Hoje ele vive de investimentos. Ele não nasceu diferente. Ele apenas parou de acreditar na própria limitação como se fosse um veredito divino.

Você não veio ao mundo com um manual dizendo “você serve pra isso e ponto”. Mas vive como se tivesse. E pior: como se alguém te mostrasse esse manual toda vez que você pensa em mudar de rota.

O ciclo silencioso da desistência antecipada

Vamos mapear o que geralmente acontece quando você acredita que “isso não é pra mim”:

PUBLICIDADE
PensamentoAçãoResultadoReforço mental
“Não é pra mim”Você evita tentarNenhum progresso“Tá vendo? Eu sabia!”
“É difícil demais”Você tenta só pela metadeFalha previsível“Sabia que eu não era bom”
“Não nasci pra isso”Você terceiriza a responsabilidadeEstagnação“Melhor não mexer com isso”

O perigo está aí: a mente cria uma desculpa, você obedece, e o mundo confirma. Só que o mundo só confirmou porque você nunca testou outra realidade.

E qual é o custo real disso? Oportunidades perdidas, habilidades não desenvolvidas, conexões que nunca aconteceram. É como deixar a chave de um cofre jogada no chão porque alguém disse que o cofre não era seu.

Como responder à voz interna que diz “isso não é pra mim”

Aqui vão algumas estratégias que uso (e recomendo) para calar esse eco mental:

  • Reformule a frase: troque “isso não é pra mim” por “isso ainda não é pra mim”. O “ainda” abre portas onde o ponto final só fecha.
  • Modele alguém real: pense em alguém que também achava que não podia, mas foi lá e fez. Se ela pode, por que você não poderia?
  • Teste com prazo: comprometa-se a tentar por 7 dias ou 1 mês antes de concluir qualquer coisa.
  • Desafie o pensamento como se fosse um advogado do diabo: faça perguntas como “quais evidências reais eu tenho de que isso não é pra mim?”, ou “quem me convenceu disso e com base em quê?”

Vou te dar um exemplo prático: eu trabalhei com uma mulher que achava que “não era boa com tecnologia”. Um dia, ela decidiu aprender design gráfico no YouTube. Hoje, é freelancer em tempo integral. Ela não virou expert da noite pro dia. Mas virou alguém que parou de duvidar de si mesma antes de tentar.

PUBLICIDADE

Quando realmente não é pra você (e por que isso é libertador)

Nem tudo é sobre forçar a barra. Às vezes, realmente não é pra você — mas não porque é difícil ou desconfortável. E sim porque, mesmo tentando de verdade, aquilo não te energiza. Só te esgota.

Reconhecer isso é libertador. A diferença é: você experimentou, se entregou, e aí sim, com consciência, decidiu seguir outro caminho.

Não confunda medo com clareza. Um afasta. O outro direciona.

Conclusão: o que poderia ser seu, se você parasse de acreditar nisso?

Pensa comigo: quantas coisas você já deixou passar porque acreditou que “isso não é pra mim”? E se o que hoje parece impossível, na verdade só está esperando você se permitir tentar?

PUBLICIDADE

Você não sabe do que é capaz até sair da cadeira de espectador da própria vida.

Pare de recitar esse mantra invisível que você nem lembra de onde veio. Porque talvez, só talvez, o que hoje “não é pra você” seja justamente o que vai te mostrar quem você pode ser de verdade.

Foto de Caio Bittencourt

Caio Bittencourt

Caio Bittencourt comanda o Minha Vida dos Sonhos, um blog para quem quer adquirir a mentalidade necessária para adquirir riqueza e alcançar uma vida dos sonhos. Quando não está escrevendo, está fazendo música ou desenvolvendo novos negócios para viver melhor (e com menos dor de cabeça)

Caio Bittencourt / Minha Vida dos Sonhos

Caio Bittencourt

Caio Bittencourt comanda o Minha Vida dos Sonhos, um blog para quem quer adquirir a mentalidade necessária para adquirir riqueza e alcançar uma vida dos sonhos. Quando não está escrevendo, está fazendo música ou desenvolvendo novos negócios para viver melhor (e com menos dor de cabeça)

Veja também: